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O Coração de Jesus e a Vocação Familiar


O Mês de Junho chegou e trouxe a festa de padroeiros da Igreja como: Santo Antônio, São João Batista, São Pedro, São Paulo e o Sagrado Coração de Jesus. Animados pelas práticas das devoções populares, todos nós trazemos a lembrança das festividades juninas, permeadas de alegria, dedicação, doação. Inspirados por esses momentos tão belos de nossa lembrança, trazemos presente os gestos de amor que cada um desses santos representa para nossa fé.

O Documento de Aparecida nos lembra: “Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber, tê-lo encontrado foi o melhor presente que qualquer pessoa pode receber.” (DA 29). Nele somos convidados a manter fixo nosso olhar para que possamos aprender seu jeito de amar, perdoar e servir.

A esse Coração que é puro amor, porta aberta para nos acolher, reconhecemos a misericórdia de Deus que envia seu Filho único para revelar seu grande amor por nós.

A bíblia está repleta de experiências e analogias que comprovam o amor de Deus pela humanidade, experiências que podem ser compreendidas à luz da razão e, especialmente, pelo coração. Deus se revela e intervém na História da Salvação como um Pai, que “vê a opressão do seu povo, ouve o seu clamor e desce para libertá-los” (Ex 3, 7).

No Novo Testamento, vemos na imagem da Sagrada Família, mais um exemplo do puro amor de Deus, que se encarna no seio de Maria e, junto com José, o homem justo, que se deixou conduzir por Deus, que transformou o sonho do carpinteiro que desejava construir uma família com sua prometida Maria, em realidade, tornando-o pai do Filho de Deus.

Na exortação Apostólica Amoris Laetitia: Sobre o Amor em Família, o Papa Francisco nos diz que o amor é o sinal que nos identifica e na família fazemos a experiência desse amor sólido que alicerça a escolha da vocação. “Como distintivo dos seus discípulos, Cristo pôs sobretudo a lei do amor e do dom de si mesmo aos outros e o fez por meio do princípio que um pai e uma mãe costumam testemunhar na sua própria vida: ‘Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos’ ( Jo 15, 13)” (AL 27).

Mesmo que hajam desafios diante de uma realidade como a nossa, sabemos o quão desafiador é para as famílias administrarem o tempo entre afazeres, trabalhos, vida de oração e educação dos filhos, porém as famílias continuam sendo o berço das vocações.

Para que tenhamos leigos engajados na caminhada da Igreja, são necessárias famílias abençoadas que façam de seu lar uma pequena comunidade de oração e comunhão. Religiosas e religiosos que vivem a radicalidade do seu batismo e dão testemunho de alegria e doação. Ministros ordenados que vivam a coerência de sua vocação, conduzindo com amor o povo de Deus. Mais do que nunca, precisamos cuidar de nossas famílias, para que os jovens tenham coragem de construir seu projeto de vida pautados e alicerçados em Jesus Cristo, que tenham coragem de dizer sim ao amor de Deus que não abandona, mas dá sinais de sua presença mesmo quando as trevas se tornam espessas e não é possível ver com clareza a luz do dia.

Nos inspiremos em Maria e José, que abriram mão dos sonhos pessoais para adentrar em um projeto maior do que eles poderiam compreender. Foi necessário um salto na fé, para ver o caminho e não abrir mãos dos valores essenciais: trabalho, oração, diálogo, perdão.

Neste ano em que o Papa Francisco proclama o Ano de São José, por ocasião do aniversário de 150 anos em que São José foi reconhecido como patrono da Igreja e guardião das famílias, peçamos a intercessão dele pelas nossas famílias, para que continuem sua missão de educar os filhos na fé e crescerem na fidelidade e no amor.

“Jesus, Maria e José, nossa família vossa é”.


Por Irmã Jucéli Zaffari

Filha do Sagrado Coração de Jesus

Serviço de Animação Vocacional

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