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Pastoral da Juventude celebra 50 anos

Uma história marcada por alegria, superação, trabalho em conjunto, articulação e formação de lideranças, assim é a trajetória da Pastoral da Juventude. Criada na Diocese de Santo Ângelo em 1970, a popular PJ surgiu como uma pastoral articulada da Igreja Católica junto à juventude, herdeira da antiga Ação Católica. Hoje, 50 anos depois dos primeiros passos dados, os PeJoteiros e PeJoteiras de ontem e de hoje recordam essa história, as lutas, os desafios e as superações e rendem graças a Deus.

Na Solenidade de todos os Santos e Santas de Deus, em celebração na Igreja Matriz da Paróquia Ascensão do Senhor, de Santo Cristo, no último sábado, dia 31 de outubro, a PJ realizou a celebração de ação de graças por toda essa história. A Santa Missa foi presidida pelo Bispo de Santo Ângelo, Dom Liro Vendelino Meurer, e concelebrada pelos padres que fizeram e ainda fazem parte dessa trajetória. Devido a pandemia, a celebração foi restrita, mas contou com a participação e colaboração de representantes dos diversos grupos de jovens das paróquias.

Ao fim da celebração, o coordenador do Setor Juventude da Diocese, o jovem Gustavo Follman leu a carta de felicitações enviada por Michelle , secretária da Pastoral da Juventude Nacional, junto a CNBB.

Confira um breve histórico da Pastoral da Juventude em nossa Diocese:


A Pastoral da Juventude é herdeira de uma história que vem sendo construída em nosso país desde 1930 com a chamada Ação Católica, e organizando-se de fato com a Ação Católica Especializada, a qual iniciou a articulação pastoral com os grupos JAC (Juventude Agrária Católica), JUC (Juventude Universitária Católica), JEC (Juventude Estudantil Católica) e JOC (Juventude Operária Católica). A Pastoral da Juventude herdou muita coisa deste período, como o método Ver – Julgar – Agir – Rever – Avaliar – Celebrar; uma prática transformadora a partir da realidade; a descoberta da dimensão política da fé; o protagonismo dos jovens e a presença do Deus Libertador nas lutas do povo. Mas o surgimento de uma Pastoral da Juventude Orgânica e transformadora como conhecemos hoje foi sendo gestada na década de 1970 por iniciativa da própria CNBB e iluminado por um novo modelo de Igreja Latino-americana que vinha sendo construído através das conclusões e encaminhamentos das Conferências dos Bispos da América – Latina, ocorridas em Medellín (1968) e Puebla (1979).


Em 1962, nossa Diocese Missioneira foi fundada, tendo como 1º Bispo D. Aloísio Lorscheider. Já a organização dos jovens teve início em meados de 1968, tendo registro das primeiras atividades nas paróquias de Guarani das Missões, com um curso para jovens, em Santa Rosa, com uma Conferência para juventude e em Boa Vista do Buricá, com a fundação de um grêmio juvenil. Já em 1970, acontece um curso para os padres conhecerem e se aprofundarem sobre a Pastoral da Juventude; também neste ano a diocese começa a se organizar em setores de pastoral e a PJ é um setor que inicia seu trabalho efetivamente em três paróquias: Santo Ângelo, com o grupo GARA, Santo Cristo, com o grupo ALICERCE, Três de Maio, com a EQUIPE 19. E assim, aos poucos, todas as paróquias em suas comunidades foram organizando seus grupos de jovens, assessorados pelos padres Carlos Afonso Schmitt e Flávio Stoelben, e mais tarde pelo Pe. João Nelson Loro.

A partir de 1985, a PJ foi se articulando cada vez mais e foi também se envolvendo com as realidades sociais, principalmente, participando em grêmios estudantis, sindicatos e até partidos políticos. Mas é em 1989 que a juventude se articula com suas próprias pernas, pois a diocese dispõem de jovens liberados e/ou semi-liberados, tais como: Pedro Roque Giehl (1989 – 1991), Mário Puhl e Edegar de Mattos (1992 e 1993), Sônia Seibert (1994 - 1995), Rosalvo Schütz (1996), Marli Makoski (1997 – 1998), Luiz Carlos Selbach (1999 - 2001), Solange Puhl (2002 – 2004), Fernando Nonnemacher (2005 – 2007), Iana Pandolfo (2008 – 2009), Jéssica Souza (2010), Eduardo Limberger (2011), Givago Petry Trentini (2013 – 2016), Jurandir Volkmer (2017) e Gustavo Follmann(2018/2019). Desde o começo do presente ano, a PJ vem sendo coordenada por Edwardha de Conti. Ao longo deste processo, vários padres, religiosos e leigos também assessoraram a Pastoral da Juventude Diocesana, vamos citar alguns, pois não conseguimos reunir exatamente todos os nomes: Ir. Delmira Dall Alba, Pe. Luís Alles, Pe. Carlos Griebeler, Pe. Eugênio Hartmann, Pe. Pedro Rauber, Pe. Cenir Sturm, Pe. Luís Schütz, Pe. Dércio Heck, Pe. Valcir Puhl, Ir. Romídio Siveris, Neidi Paula Heck, Fernando Nonnemacher, Betyna Preichardt Faccin. Sem contar os inúmeros nomes que assessoraram nossas formações ao longo destes 50 anos de história. Por muitos anos a Pastoral da Juventude teve o acompanhamento e o assessoramento dos seminaristas do Seminário Pe. Adolfo Gallas, que estavam cursando a Filosofia e ajudaram principalmente na formação dos grupos de jovens, animação e assessoria nos cursos de formação e espiritualidade.

A Pastoral da Juventude, se firma em vários pilares: 1º a participação no grupo de jovens, depois o CTLJ (Curso de Treinamento de Lideranças Jovens), depois o TAPA (Treinamento para a Ação Pastoral), seguido de Escolas Diocesanas, retiros, encontros de integração, Missas Jovens, acampamento com vigília na Romaria do Caaró, e todos os anos a acolhida dos romeiros, e muitas amizades. E dentro disto, tínhamos a Coordenação Paroquial de Jovens, a Coordenação Forânica de Jovens e a Coordenação Diocesana de Jovens. Esta participava da coordenação regional (Estadual e da Nacional). Locais que marcaram estes encontros foram o Seminário Pe. Adolfo Gallas, CTL de Campina das Missões, Centro Pastoral de Três de Maio, Caaró, Centro Marista, Instituto Anunciação das Filhas do Amor Divino, Colégio Medianeira, Seminário Sagrada Família de Santo Ângelo, entre outros...

Em sua tese de mestrado “Pastoral da Juventude e Formação de Lideranças”, a ex-PeJoteira Cristiane Sander, destaca o lindo processo pelo qual a Pastoral da Juventude passou, primeiro os jovens eram assessorados por adultos, padres e casais que davam palestras nos grupos das comunidades, e com o tempo, o próprios jovens começaram a ser preparados a serem formadores, o que deu nome à esta linda e forte expressão “Jovem evangelizando Jovem”, dentro do método ver, julgar, agir e celebrar, que até hoje ainda está funcionando.

Pode-se afirmar que a história da PJ é construída com muito esforço, dedicação e amor de muitos jovens e, ainda hoje, apesar das dificuldades advindas das transformações sociais, econômicas, políticas, tecnológicas, enfim, da tal globalização, a história da PJ continua sendo linda, bela e encantadora aos olhos da juventude.

Confira a carta da Secretaria da Pastoral da Juventude Nacional:


Saudações, querida juventude da Diocese de Santo Ângelo!

Escrevo-lhes, com grande alegria, das terras calorosas do Piaui.

Escrevo-lhes para dizer que celebrar 50 anos de caminhada é bonito e profético demais, que 50 anos é um sinal profundo, poético e místico de que o Reino de Deus emerge no meio de nós através da Pastoral da Juventude. De que essa história tecida por tantas mãos corajosas, por tantos corações doados, por tantas vidas inquietas e dedicadas é uma história que continua e continuará. 50 anos a caminho nos ensina que a PJ é necessária, é preciosa.

Que essa celebração reafirme na vida de cada jovem, qual deve ser nossa prioridade, quais devem ser nossas opções, qual deve ser nosso caminho.

Que não lhes falte coragem, ternura, resistência, ousadia e poesia para continuarem no caminho, para fazerem acontecer mais 50 anos pela frente.

Que nada lhes tire das mãos a mística da opção pelos pobres e pelas pobres,

Que nada lhes tire do coração a certeza de que o Reino se constrói lado a lado dos pequenos, das pequenas, dos oprimidos e das oprimidas desse mundo.

Que nada lhes tire dos pés o ardente desejo de caminhar, de ser gente missionária, gente em saída, gente peregrina.

Que nada lhes tire dos braços a beleza de ser juventude acolhedora, abraçadadeira, cuidadosa.

Eu desejo a vocês a ternura e a subversão de Jesus, a alegria dos discípulos, a paixão de Maria Madalena e a resistência de Maria!

Neste tempo tão desafiador, que vocês sejam ainda mais unidas e unidos, cuidadoras e cuidadores uns dos outros, irmãs e irmãos na caminhada!

Uma linda festa.

Ainda quero abraçar todas e todos vocês.

Um xero no coração com gosto de sertão.

Michelle, a Serviço da Secretaria Nacional da PJ.

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