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Ostensório da Catedral de Cruz Alta é confirmado como peça Missioneira

Após uma pesquisa de 06 meses, foi confirmado que o ostensório/esplendor do Divino Espírito Santo, que está na Catedral Diocesana de Cruz Alta, trata-se de uma obra missioneira, arte jesuíta, e tem cerca de 300 anos. A confirmação, oficial, chegou no domingo, 06/12, junto a peça trazida pelo professor e pesquisador da PUC/RS, Edson Hüttner e seu orientando de doutorado, professor Cláudio Lopes Preza Júnior. O estudo da obra teve início no dia 14 de junho deste ano

“Vi as fotos enviadas e percebi que poderia ser do período e da arte sacra Jesuítico-Guarani. Mas, para comprovar sua identidade, era necessário leva-lo para iniciar um longo estudo em Porto Alegre”, conta o professor Edson, que chefiou a pesquisa. Ele é responsável, também, pelo relatório que detalha as descobertas sobre a obra, que remonta a própria história da cidade.

Segundo ele, o esplendor/ostensório faz parte das peças das reduções jesuítas, com estimativa de 280 a 300 anos. “É uma peça da arte sacra barroca jesuítica do século XVII e XVIII.Temos alguns elementos importantes desta escultura, como os detalhes em policromia, que era uma técnica muito utilizada pelos jesuítas, em gesso, com cores amarela, azul e vermelha, q que é um aspecto muito importante da tradição da arte jesuítica. Outro aspecto são os cravos missioneiros, que se apresentam como uma das características marcantes das obras sacras missioneiras dos séculos XVI a XVIII”, explica.

Segundo o professor esta é uma peça muito rara, difícil de encontrar, visto que a quantidade de ostensório era bem menor que a de Santos feitos na época.


Em tempo de pandemia

Um detalhe bem importante, por estarmos em tempo de pandemia ocasionada pela COVID 19, foram buscadas alternativas tecnológicas apropriadas para proteger e preservar as esculturas sacras e pesquisadores contra a contaminação. Para esta prevenção, o grupo de Arte Sacra Jesuítico-Guarani e Luso-brasileiro da PUCR utilizou o aparelho de Luz Ultravioleta C (UV-C) Huttech Tower II com 2 lampadas UV-C. O aparelho foi desenvolvido pelo Dr. Eder Abreu Hüttner, Dentista e coordenador da Startup HUTTECH, sediada no Parque Tecnológico do TecnoPUCRS.

Este método de pesquisa e aplicação de tecnologias tem o objeto de descontaminação das esculturas sacra para que as mesas não sejam transmissoras da COVID 19 em seus espaços de preservação e exposição ao público.


As pesquisas no Brasil


O professor Cláudio Lopes Preza Júnior, integrou a equipe e destaca a importância da pesquisa, diante cenário brasileiro. “Destaco a importância desta pesquisa, especialmente em um país que tem uma lamentável tradição de não respeitar o seu patrimônio histórico. É uma pesquisa de suma especialmente para esta comunidade, por tudo que ela pode significar, tanto no ponto de vista religioso quanto no ponto de vista social, econômico, cultural e histórico. Sinto-me honrado em ter colaborado com esta pesquisa. A comunidade de Cruz Alta está de parabéns”, destaca.


A descoberta

Dom Adelar Baruffi, Bispo Diocesano, conta que a descoberta aconteceu durante a reforma da catedral, apontada pelo arquiteto sacro Cristiano Fabris, responsável pela revitalização. “Ficamos